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A bolsa não bate a renda fixa no Brasil. Será mesmo?!

O advento no mundo financeiro da indústria dos ETFs¹, Fundos de Investimento que captam recursos para aplicar em carteiras que seguem algum índice como referência, (Ibovespa, S&P 500, Small etc..), democratizou o acesso a investimentos em praticamente qualquer índice, região ou setor que o investidor desejar, com custos de transação extremamente baixos. Isso colocou em discussão a real serventia da gestão ativa, afinal, será que há mesmo gestores tão talentosos capazes de gerar valor acima dos principais benchmarks de mercado?


No Brasil o debate fica ainda mais acalorado, uma vez que com juros reais atipicamente elevados, o incentivo a tomar risco investindo em ações fica consideravelmente reduzido. A anomalia brasileira vai à tal ponto que desafia inclusive a teoria de finanças, sendo aqui um dos poucos mercados onde o prêmio pelo risco², que é o excesso de retorno que o investidor recebe ao sair da segurança da renda fixa para investir em ações, é negativo. Em outras palavras, não há incentivos para se tomar risco no Brasil.


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Neste contexto, o desafio dos gestores de renda variável brasileiros é de entregar retornos não só acima do Ibovespa, principal benchmark de ações, mas também acima do CDI, que é o custo de oportunidade de seus cotistas.


Embora seja importante ressaltar que o desempenho passado não garante resultados futuros, fizemos um estudo para entender o patamar de geração de valor que entregamos a nossos cotistas ao longo de nossos 16 anos de história através de nosso fundo mais longevo, o GTI DIMONA BRASIL FIA (recém reaberto para aplicações). Analisamos 3 perfis de cotistas, os que estiveram conosco em: janelas de 1 ano, janelas de 3 anos, e, por fim, em janelas de 5 anos (os resultados estão no quadro a seguir).


Para fornecer uma visão clara da metodologia adotada, vamos assumir a janela de 1 ano como exemplo. Estudamos todas as janelas completas possíveis de um ano (foram 3.611 observações), tendo a primeira janela seu início junto com o início do fundo em 30 novembro de 2007, a segunda janela tendo início no segundo dia do lançamento do fundo, e assim sucessivamente, seguindo sempre com a média móvel de 1 ano até os dias atuais. Os procedimentos para os intervalos de 3 e 5 anos seguem a mesma lógica da média móvel, analisando todas as janelas possíveis, dentro de cada um dos intervalos de análise.


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Observa-se que o fundo GTI Dimona obteve retornos substancialmente superiores aos do Ibovespa, na média das janelas analisadas, destacando o valor de uma sólida estratégia de gestão ativa de ações. O fundo também superou com folga um dos índices mais desafiadores para os gestores do país, o CDI, apesar das turbulências ao longo do caminho, como a crise do sub-prime em 2008, a crise que culminou no impeachment da presidente Dilma Roussef durante 2015/2016, e a pandemia de COVID-19 em 2020.


Por fim, cabe destacar a importância da compreensão por parte do investidor da natureza de longo prazo deste tipo de investimento, afinal, quanto maior o tempo de permanência do cotista no fundo, maior é a probabilidade deste obter retornos positivos. Isto pode ser observado na penúltima coluna do estudo, ficando evidente que o percentual de intervalos com retornos negativos diminui à medida que o prazo das janelas se estende. Nas janelas de 1 ano, 36% dos retornos foram negativos, enquanto nas janelas de 5 anos apenas 15,6% dos retornos ficaram abaixo de zero.


Nossos resultados são a prova de que a gestão ativa de ações tem gerado retornos sólidos, principalmente para investidores de longo prazo, dentro de uma filosofia de investimentos consistente ao longo dos anos. Possuímos um time experiente dedicado a identificar as melhores oportunidades de investimento, e estamos 100% alinhados com os nossos clientes com parte relevante do nosso patrimônio investido nos mesmos veículos que nossos clientes.


Sabemos que o momento atual é caracterizado por uma considerável incerteza e volatilidade. No entanto, é exatamente durante esses períodos que o mercado acionário tende a oferecer bons pontos de entrada, uma vez que os preços dos ativos se encontram depreciados, beneficiando os retornos daqueles investidores com horizonte de investimento mais longo.

 
 
 

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